viernes, 7 de marzo de 2014

Grândola Vila Morena

Canção de liberdade

A canção “Grândola, Vila Morena” foi composta e cantada pelo cantor português Zeca Afonso (José Manuel  Afonso dos Santos).
Foto tomada de la revista No carmo. Cedida por 
José Luis González.



Fonte consultada: Daniela Pereira.

A canção foi inspirada na fraternidade entre o povo de Grândola, uma vila no Alentejo, e por vários acontecimentos locais ou próximos, como por exemplo uma revolta de agricultores encabeçada por Catarina Eufémia, uma ceifeira morta a tiro pelas forças do regime em 1959.

Por outro lado, outro acontecimento que influenciou bastante a música “Grândola, Vila Morena”, foi o momento em que Zeca Afonso atuou na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, em Maio de 1964, para uma audiência maioritariamente de pobres trabalhadores da indústria corticeira, amadores de música, ceifeiras, alguns clandestinos ligados ao Partido Comunista, sendo por isso considerada por alguns como uma dedicatória a essa coletividade.
Revista No carmo, año 1999. Cedida por José Luis
González.
Mais tarde, a canção foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos, uma revolução pacifica mas decisiva que ditou o fim de uma ditadura que reprimiu Portugal por mais de 30 anos e marcou o inicio da democracia em Portugal.
À meia noite e vinte minutos do dia 25, a canção foi transmitida pelo programa Limite através do Rádio Clube Português (Renascença), deu-se inicio à revolução e “Grandôla, Vila Morena” transformou-se para sempre num marco histórico de liberdade e dessa revolução.



Fonte consultada: José Manuel dos Santos Pinho

Pese embora a letra desta canção esteja conotada com determinadas vertentes ou tendências politicas, não deixa de constituir um marco histórico na vida politica, social e sociológica de Portugal.

Revista No carmo.
Desde logo que esta composição se constitui como uma referência para todos os cidadãos portugueses ligada á revolução ocorrida no pais no dia 25 de Abril de 1974. Trata-se no entanto de uma mensagem de ruptura politica com o designado “Estado Novo” que se constituía por uma designada ditadura em que o pais mergulhava há mais de 40 anos. Neste sentido revela um conjunto de sentimentos de partilha de benefícios, em que todos têm os meus direitos, as mesmas condições de vida a todos os níveis, no plano da educação, do emprego, da saúde, do direito e cultura.
Foi e ainda perdura na actualidade como um “hino” ao protesto, á inconformidade das pessoas que se julgam injustiçadas e que são atingidas pelos actuais cenários macro-económicos. Encerra por si só um vocabulário e um sentimento entendido por todos de fácil tradução e interpretação aceite de alguma forma por todas as vertentes da sociedade portuguesa, isto porque não revela sentimentos de agressividade ou mesmo de provocação. É um património histórico que perdurará ao longo das próximas gerações.



Revista No carmo
Grândola Vila Morena fue el símbolo de la Revolución de los Claveles tras la dictadura salazarista en Portugal, constituida como una referencia para todos los ciudadanos portugueses conectados a la revolución que se produjo en el país el 25 de abril de 1974.  En este sentido, revela un conjunto de sentimientos de participación en los beneficios, de fraternidad frente a las adversidades, donde todos tienen los mismos derechos y las mismas condiciones de vida, en términos de educación, empleo, salud, derecho y cultura. Fue y aún continúa en la actualidad, como un "himno" para protestar, tiene un vocabulario y un sentido entendido por todos, dentro de la traducción y la interpretación aceptada en todos los aspectos de la sociedad portuguesa, ya que no incita a la agresión o a la provocación. Es una herencia que va a durar a lo largo de las siguientes generaciones.

Revista No carmo



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